Essa frase ficou ressoando em minha mente hoje pela manhã, enquanto tomava o meu café e respondia a uma amiga no whatsapp que está com alguns problemas com a irmã.
Vejo muitas pessoas em nome de “ajudar o próximo” (e me policio para não fazer igual, pois já fui uma ajudadora compulsiva) errar em algumas questões: não perguntar para o outro se ele realmente quer ser ajudado e/ou solucionar as coisas a partir do que acredita ser o certo. O ajudador simplesmente sai em disparada fazendo o que julga ser melhor para o outro, sem ao menos se aprofundar em qual a real necessidade daquela pessoa.
Vemos o mundo através daquilo que aprendemos, escrevemos histórias de vida distintas, sentimos e interpretamos de forma única os fatos que nos acontecem, temos medos e crenças diferentes , então, será que podemos julgar aquilo que enxergamos ser a solução, como sendo a melhor alternativa para ajudar a pessoa naquele momento? Será que somos tão bons assim que os outros devem seguir aquilo que estipulamos para eles como o melhor caminho? Será que estamos conseguindo enxergar quais são as reais necessidades daquela pessoa naquele momento (tais como necessidade de ser aceito, se sentir seguro, amado, etc)? Posso garantir que não.
Então, se você quer realmente ajudar aqueles que ama (e isso vale para o ato de ajudar qualquer pessoa) em primeiro lugar pergunte se ela quer a sua ajuda (isso é o princípio básico de respeito ao próximo).
Se ela aceitar, dispa-se de suas certezas, não crie soluções através da sua visão de mundo, busque realmente mergulhar na dor daquela pessoa e ver a situação pela perspectiva dela de vida, ou seja, criando laços reais de empatia e compaixão.
Esse passo só é possível se enquanto o outro fala, você está ali, 100% presente, ouvindo o que a pessoa tem a dizer e não com a mente inquieta buscando soluções que você julga mais pertinente.
E se a pessoa não aceitar sua ajuda, coloque-se no seu lugar, respeite e a deixe seguir com suas escolhas. Muitas vezes essa é uma tarefa muito difícil, pois não queremos ver pessoas que amamos sofrendo, ou seguindo por caminhos que não trarão bons resultados, mas essa é uma escolha dela, faz parte de seu processo de crescimento e evolução espiritual.
Me lembro quando passei por uma situação dessas, onde uma pessoa que amo estava passando por problemas pessoais e seguindo com atitudes que não estavam baseadas no amor, sendo muito dura com ela mesmo e com a vida. Eu, já exercitando a ajuda apenas quando solicitada, ficava repetindo como um mantra: “é o processo dela, respeite!”
Nesta situação ajudei-a do meu lugar, do que era possível para mim fazer. Deixei claro que estaria sempre presente no caso dela precisar, fazia prece, oração, envio de amor incondicional, ho’oponopono, ou seja, usava dos recursos que me eram cabíveis mas sem interferir no livre arbítrio de suas escolhas.
Por isso lembre-se sempre, uma ajuda só é verdadeira se tiver empatia e compaixão, e isso também inclui respeitar as escolhas que cada um faz para a própria vida.
Faça o que está ao seu alcance mas olhando sempre o limite que o outro te oferece.
Eu sou Claudia Rocha
Se conecte, se cure, se liberte!